sábado, 26 de janeiro de 2013

Se eu pudesse...

se eu pudesse escrever mil poemas num só dia, escreveria...
se eu pudesse contar toda a minha vida numa só pagina, contava...

como se o mundo acaba-se amanha, e eu não pudesse contar em pequenos excertos tudo o que me aconteceu nos últimos 20 anos. tudo excepto a dor que sinto quando me fecho nas 4 paredes do meu quarto, quando me isolo e escrevo em papel amachucado e cada palavra que desenho é uma lagrima derramada. 
na escuridão e no meio de múltiplas folhas espalhadas na imensidão de tudo que se encontra, num quarto fechado. 
tudo o que construí e destruí dentro de quatro paredes é insignificante para o mundo exterior, ninguém entra, ninguém mexe em nada... tudo tem pó, tudo tem estorias para contar! 
tudo parece tão irreal como se tivesse voltado ao passado.
apetece me pintar as paredes de preto, como está a minha vida escura... escura como a escuridão da noite... escura como a camisa que trago vestida. 

quero navegar para longe daqui, mas só o poderei fazer pensando-o... queria voar como um pássaro  mas só o posso fazer imaginando-o... 
poderei um dia voltar a ser... algo que nunca fui... e que as pessoas que nunca me viram... poderão vir a gostar de mim...?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Eu, Juhanna

Eu, poderia ser tudo... o que todos quisessem...
ter momentos de angustia, momentos de esperança e momentos de liberdade.
eu  tive oportunidades de dizer coisas que me apetecia, mas não me deram a oportunidade...
julgas-te-me... que bom, mas foi a ultima vez que o fizeste, pois para a próxima não terás essa oportunidade de o fazer. 
O embrulho não interessa... não me incomoda... incomoda-me sim, a falta de valor das pessoas, dos objetos. 
não consegues valorizar o momento a dois, as atitudes e até os comportamentos.
Momentos e comportamentos não serão esquecidos, serão devolvidos em meros textos, com perguntas derramadas em papeis amachucados e espalhados num chão de madeira envernizado.
Não darei valor ao que me dizem... não penso escrever nem me preocupar por frases soltas e palavras subscritas no cair da noite. 
Impinjo palavras em blogs com títulos submissos.
apago tudo o que puder sem pensarem que tenho coração, e que vivo sem razão ou que mereço um pedaço de atenção... 
tudo  se vai apagar, quando a revolução chegar...